Menu

domingo, fevereiro 13, 2011

Quando peço para que se afaste de mim é porque essa é a minha mania estranha de dizer que eu gosto muito de você. Quando eu não olho para você e simplesmente digo que a sua falta de inteligência não é nenhuma novidade para mim e algo desprezível de se entender é porque eu me sinto totalmente tola por gostar de você. Quando eu ignoro você e me distraio com os meus milhares de livros é porque eu sei que deles, nem que seja bem no fundo eu tiro algum proveito e de você eu nunca poderei me aproveitar. Acho que eu sei, sinto e pressinto que eu não te faço nenhum bem. Gaguejo tão quanto uma idiota e sua percepção retardatária não vê que o que eu quero é gritar e dizer tudo, tudo, tudo. Então subitamente me vem à cabeça que talvez você tenha fingido (é, fingido) que não me entendeu só pra não ter que me magoar. Você vai para o norte e eu fico no sul. Eu pego meu patins velho que está no fundo do meu armário no sótão e saio andando na velocidade do meu sofrimento. De repente eu bato a 500 km/h e sinto tanta, tanta, tanta dor que no fim já nem dói mais. E nessa atmosfera apática, volto pra casa com a alma mais machucada que o corpo, mas continuo sobrevivendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário